Meu amor é infantil
Sou imatura
Casca dura
No fundo sou pura
Mas no raso
Eu arraso, caso descaso
Me enlaço
Faço troca
Boboca
Não sei ouvir não, isso é sinal de ingratidão
Eu teimo, bato o pé no chão
Eu amo como criança
Como quem dança
Faço manha
Amanha chegou
Eu nem dormi
Nem rimei
Nem te amei
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
mais uma de uma noite insone
domingo, 9 de dezembro de 2007
mais do memso
tem na boca o veneno incoercível da serpente
Um riso convulsivo
Forte, lascivo
Suas palavras causam tamanha inquietação
Talvez só similar à sensação da morte
quando esta se aproxima
Olhos negros
Olhar profundo
Ameaçador
Provoca febre
Tremor
Ainda sim
é aconchegante
Suas olheiras profundas são como redes
Onde se pode deitar e descansar
Vulcânica
Intensa, mordaz
A raiz de toda dor
A negra raiz do mal
Espuma
Explode
Escapa
Ana estava feliz um dia antes de morrer
Morbidamente feliz
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Fel ódio ciúme
Sinto o gosto do cheiro de um perfume barato na sua roupa
Repugnância repulsa
Remôo
E reluto
Reluto em acreditar no que está sendo atirado a cada minuto na minha cara
Você não me quer mais
Você me odeia
Posso sentir o cheiro do seu desprezo
E ver a cor do seu desdém
– quase púrpura –
Mas sei que sou culpada
Não sei que mal se apodera de mim
E como de costume construo o desamor em todos que metem-se em mim
(com duplo sentido, certo)
É o que me foi mandado
Provocar o ódio naqueles que um dia me amaram
Ou que pelo menos tentaram
Sei que sempre fui só
E acho que meu ser se acostumou a esse desterro
Devo afugentar pessoas
Enxota-las da minha vida
A solidão já se apoderou de mim de tal forma
Que sem querer destruo todas as minhas relações
Esse espírito de porco que me domina me faz ser só
Talvez por medo.
Talvez por tristeza
Talvez por hábito
Ou infortúnio
terei que acreditar que sou uma pessoa maldita, miserável, marcada
Uma alma maléfica
Uma mente diabólica
Um coração das trevas
Que esta condenada a viver sozinha
E morrer nesse deserto
E agora você
Minha ultima expectativa de ser feliz
Minha ultima tentativa
chega em casa cheirando perfume de quinta
Olha-me com pena
E dorme sem me foder
Cadê o desejo que outrora tomava conta de você?
Então vá
Pode ir
Estou acostumada a minha solidão
A minha dor
Na verdade temo perde-las
Estou acostumada a conviver com elas
Minhas parceiras
Com amor
Ana
desistindo de todas as tentativas de amar
Só sei viver só
“vivemos como sonhamos, sozinhos”Joseph Conrad
Coração das trevas
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
dos experimentos
Pintar beber trepar
ver até onde essa porra agüenta.
-pena que me foi dado um só, tenho morte e degustações pra meter nuns três-.
E de que me serve essa vida senão para provar desgostos antipatias e construir imagens ácidas
Estômago comprimidos platô
Eno
De que me valeria essa porra de angustia que me consome, senão para apreciar e sorver o que me desordena
Ultrapassar noites intransponíveis
Eu não quero consolo, não quero a merda do teu colo
–dos meus desgostos sei eu-
Antes preciso provar
o improvável
Conciliar contrários
Dormir sem calmantes
É tudo plástico descartável e incrivelmente dispare
Desespero agradável e esperado
É ser só quando se quer
E quando cansar
Finge e fim
Espero pelo mal
Mais do que pela inútil esperança de que atendam meus gritos silenciosos de clamor.
Muito drama pra pouca bosta.
Fim.
E uma ode ao rivotril.
natalia razuk vulgo essa aí
domingo, 25 de novembro de 2007
você e só você conseguirá me reconhecer.vai encontrar no fundo dos meus olhos tristes algo que ainda existe.não sei o que é.mas ainda ta lá.no fundo na alma. naquele fundo mais fundo e tão fundo que nem eu consigo chegar.você consegue.me espera.eu volto.não posso lhe precisar quando.nem por qual caminho virei.mas se tu tiver me esperando.eu voltarei.quem sabe pra ficar. quem sabe pra dizer que não fico mais.mas eu preciso que você me espere.
amor eu voltei.andei por estradas tortuosas que me levaram até onde quis.fui até la.senti o cheiro da merda e me imundei nela.foi lá sentindo aquele puta fedor.que aprendi a dar valor.a você. a janela. a flor.
me quer?
já me limpei.
me arrumei.
voltei.
a você que sente meu azedo quase doce,meu néctar de podridão,e ainda me abraça e diz que sou a melhor mulher do mundo
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Destilar meu veneno nos coitados que cruzam meu caminho, é sem dúvida dos prazeres mais saborosos.
O regozijo de humilhar. sem perdão, nem misericórdia.
Isso requer treino, disciplina e força. Esquecer bondades, compaixões e não autorizar o ódio a destruir seus momentos de deleite.
É o culto ao ódio, a aniquilação do medo.
O coração das trevas, e pra variar, sortuda que sou, tenho alguém que me acompanha nisso
meu único amor, o único a quem aceito respeito e baixo minha cabeça.
Meu dono, meu rei, meu senhor.
o Horror o Horror
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
domingo, 11 de novembro de 2007
texto achado hoje, quando fuçava em blogs e descobri ser de uma pessoa muito querida para mim
Para (pára) Natália...
"Toda e qualquer atividade é DEGRADANTE de qualquer forma, independente do que for, seja dormir na sargeta ou dormir com aquele cara que você pensou ingenuamente que era 'pra sempre' e se ferrou mais tarde."
E posso até ser marinheira de primeira viagem, mas tenho comigo tudo que preciso. A Náusea é minha madrinha maior, com pérolas no lugar dos dentes e conselhos sábios sobre tudo que me cerca. O resto é resto, é tudo, é nada , é invejável e libertador (meus, minhas): paixões as desmedidas, ódios somente os MÚTUOS, dores apenas as não curtidas. Orgasmos? Os únicos, os memoráveis e os múltiplos, por favor. Bilhetes de metrô. Faça o que eu digo não faça o que eu faço, moço. E é isso aí... Vai fundo!
Ou ainda seria o contrário?
Me ouça.
http://osdesterrados.blogspot.com/2006_10_15_archive.html
domingo, 4 de novembro de 2007
Prometo também tentar não mentir, nem te fazer promessas não cumpriveis.
Tendo para todo tipo de vício
Químicos, psicológicos e sentimentais.
Por isso não me abandone
Preciso de você com a mesma força que quero meu conhaque, meu cigarro, uma carreira de cocaína.
Não me peça pra escolher, são todos complementos e partes de uma mesma merda.A grande merda.
Eu.
Prometo não fumar na sua cama, nem aparecer embriagada às 4 da manhã.
Não me mate assim, porra como se eu fosse um nada. Como se de nada valesse a merda da minha companhia, você ás vezes até ri das minhas histórias de bêbada. Sim aquele dia você me olhou e sorriu,diz que é mentira e que me quer
merda já estou aqui humilhando uma migalha de um carinho seu
ao menos me deixe dormir, não tenho para onde ir, não agora.
natalia razuk
ás 4 da manha de uma noite angustiada
porra, a merda da chave
Da minha cama , observo você se levantar e ir embora. Eu sei que você não vai voltar tão cedo, está farto de mim, farto de carregar meu fardo, já se embriagou e me comeu, não, dessa vez você nem ouviu minhas lamurias e minhas indagações, mas já se encheu
eu fico aqui, sem forças pra tentar te segurar, pedir pra tu me abraçar, fico olhando você se afastar, sair sem nem fechar a porta. Procuro algum resto de força dentro desse corpo esculhambado e grito, alto e forte como achei que não conseguisse mais.
Jogue a chave por debaixo da porta, porra.
O próximo passo é chorar. E dormir.
sábado, 20 de outubro de 2007
Preciso limpar a sala, nosso quarto
Principalmente o quarto
[Cheira outro]
Rápido
Tudo tem que estar desenxovalhado para quando você chegar
E aí
O próximo passo é chorar
Deitar
Me entregar
Me esfolar
Está tudo errado
E carrego comigo um peso colossal
babilônico
O de não saber amar
E durmo como um trabalhador braçal
Apesar de ter ficado o dia todo deitada
Tenho um cansaço culpado
Um cansaço regaço
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Queria saber cantar
Ter um puta vozeirão
De negona de blues
Iria me enfiar em um vestido podre de justo
Lilás
De paetês
Usaria um batom vermelho borrado
E ia cantar na noite
Nuns botecos
Só pros malditos, pras fumaças e pras mesas vazias
Pros cornos exaustos
Ia entrar no camarim
Tremer,
Quebrar no espelho meu copo de gim
Procurar cigarros
Fumar as bitucas
Tomar calmantes e sair dirigindo insanamente
Um carro conversível
Mas eu ia ter um puta vozeirão
E um agente que me desse umas porradas
Que me fodesse a força
uma puta de uma voz fodida
Nada disso iria me importar
Eu queria saber cantar
Acho que seria feliz
domingo, 7 de outubro de 2007
sábado, 6 de outubro de 2007
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
outrem
L.F. Céline,
domingo, 30 de setembro de 2007
dor
a mesma merda de sempre
álcool
cocaína
e eu quis te matar
você me empurrou
bati e porra da minha cabeça no armário
eu não lembro, caralho
eu não posso bater a porra da minha cabeça
e agora não estou falando de tormentos e sim porque eu sei que você sabe
embora a gente insista em fingir que nada acontece
que eu vivo com uma bomba relógio dentro do caralho da minha cabeça
acordei com dor
uma dor enorme
isso foi ontem de manhã
final da balada
a tal das noites intransponíveis
enfim só ultrapassamos quando você me jogou no armário
tenho dor
e medo agora
você dorme
mas eu sei que não é descaso
é fuga
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
cansaço
Eu, cansaço
Canção de roda
Cantiga de ninar
Eu, todos os cansaços do mundo
Eu, caótica
Catatônica
Caquética
Eu, cama mesa e banho
Curada
Currada casada
Eu, cansei
sábado, 22 de setembro de 2007
da minha volta
Adulta
A forma que não insulta
Me libere das métricas perfeitas
E do vocábulo letrado
Deixe me abandonada aos erros ortográficos
Graves descuidos gramaticais
Ao poema livre
Quero entregar-me às palavras de baixo calão
Cultuar o palavrão
Escrever como aqueles que compõem sangrando
Escrevem morrendo
A língua do cais
Do caos
Entrego a merda poemas pueris, infantis
Corrigidos e revisados
Não vou nem passar pelo amor
Quero a vida fudida
A sacanagem
O cheiro de mijo do centro de São Paulo
Nada de versos planos
Retos concretos
Quero a beleza do puta que pariu
Da rima barata
Dos carteados de mesas de bar
Senhor, livrai-me da felicidade
Aos que se alegraram com minha breve morte,
Sinto informa-los que voltei
Mais fértil
Menos sensível
Voltei com a filha da putagem de companhia
E estou aqui
De pernas abertas, esperando ser caceteada
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
do meu cu
Como se não bastassem todas as grandes merdas que têm acontecido na minha amaldiaçada porra de vida, descobri que não sirvo pra nada, não tenho vocação pra coisa alguma, nem pra trabalhar, nem vagabundar numa boa, porque gosto de dinheiro, nem pra ser feliz e menos ainda pra ser triste, não sou nem uma boa bêbada, porque minhas ressacas estão acabando com qualquer resquício de vida inteligente que me sobrava.
Devo ser boa de foda, acho que vou sair por aí fodendo, oferecendo minha boceta a quem quiser a troco de uns míseros reais, que paguem minhas cachaças e minhas anfetaminas, mas nem para isso tenho talento, afinal sou casada, bem casada e apaixonada. Ou seja, nem pra vadia eu sirvo mais.
Minha carreira de boemia não durou nem 10 anos
Charles ia se envergonhar de mim
quem sabe um dia com muito esforço eu consiga virar essas bêbadas que dormem na ruaque acordam e continuam bebendo
que transformam sua vida num eterno beber dormir acordar
assim não perderia tempo com reclamações dos outros
com pessoas ofendidas e carentes
com problemas menores e coisas sem importância
toda minha preocupação seria em beber o que?
uma pinga ou um conhaque barato
um rabo de galo?
quem sabe uma maria mole pra variar
sim esse seria o grande dilema da minha vida
um brinde a esses que vivem sem se importar em agradar
sem fazer questão
vivendo por um gole de pinga e dormindo em papelão
domingo, 9 de setembro de 2007
quando me sinto só
ando pelas ruas desse lugar gigante que às vezes parece ter cinco pequenas quadras
e converso com muros, me embriago com suas histórias
e minha cabeça tomada pelo tormento teima em bater contra eles
fazendo assim a dor física sanar a emocional
costuma funcionar
os muros têm sido minha melhor companhia
meu melhor conselheiro, meu ombro
e se por acaso você encontrar gotas sanguíneas em muros coloridos
não limpe
são as minhas angustias que ficaram grudadas lá
e pelo menos por instantes deixaram de me atormentar
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Esses medíocres seres humanos de 20 anos se dizem cult, moderna alternativas junkies
Garotas com as porras das suas contas pagas pelos pais que geralmente moram no interior do Brasil, e elas com suas drogas compradas com traficantes de luxo, tomando vinho a tarde, e fodendo uma vez ou outra, acham que sabem o que é uma vida na merda, a verdadeira sacanagem que é essa porra de vida e a o cheiro de merda que o centro de São Paulo exala, pra elas isso é glamour. Rock ‘n roll.
Queria saber quantas vezes essas pseudo vadias junkies dormiram na rua e acordam com um qualquer lhe metendo a mão nas suas limpas e cheirosas bocetas, se enfiaram na porra da praça da republica pra fumar pedra, tomaram um fogo de pinga de 2 reais, não elas tomam dramin e acham que se drogam, sofrem por juras de amores feitas por garotos tão classe média quanto elas que e as calhordas cataram num final de noite numa boate da moda. Isso não é sofrer, angustia não vem daí.
A merda da cabecinha de vocês não suportaria um tormento de verdade, a angustia que toma quem se entregou a ela, a ânsia de quem já se afundou tanto, que a lucidez se torna um suplicio.
Vocês têm que comer merda. Chafurdar na lama. Porcas gordas.
Vão foder suas classe media nojentas, foder com gosto, foder porque foder é bom demais, foder com bêbados brochas, porque é isso que se encontra na vida real.
Não tomar um gole de vodka cara com algum desses energéticos misturados.Tomar pinga ate cair no chão, e no real , não é literatura, é foder pra ganhar uma parada de pó, não trepar com seu traficante bonitão num hotelzinho, porque acha que isso transgressão.
Vocês me deprimem.
Wannabes sempre me deprimiram
- Eu sou alternativa, gosto de cinema europeu, bebo e uso drogas no banheiro do clubiznho alternativo da augusta que eu vou, sou locona. Você e a lolita pille.
HELL.
Inferno não é aquele bar na augusta
E não é lugar pra vocês.
Tenho 19 anos e já fodi com 20, inclusive fodi com um cara na praça roosvelt, é um cara mais velho, um bêbado, ele vive lá, deve ter uns 40 anos (eu sou uma piranhona, né) ele escreve, eu também escrevo, tenho um blog e um fotolog super atualizado, onde posto fotos conceituais tiradas por mim (porque eu também adoooro fotografia) em lugares que julgo exóticos. Com a máquina que ganhei do meu pai.
Também faço uns trampos de moda, sou cool.
Argh, pau no cu.
E no fim do mês meu pai paga minhas contas e eu vou pro interior no natal posar de boa moça.
Respeitem a boemia, o cult e a boa vadiagem suas nada, se assumam boas ordinárias.
Isso me enoja.
Me broxa.
Vou beber me juntar aos meus.
Daqui uns anos a gente se encontra, e vocês provavelmente estarão gordas,casadas com bancários, ou empresários, fazendo compras no Iguatemi e contando pras suas amigas como vocês piraram na adolescência.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
que devo ter nascido pra ser palhaça da humanidade também
que toda a porra e toda miséria sentimental moram em mim
ja berrei por aqui várias vezes
então porque o caralho de uma entidade dada a algum vício não faz algo cacete?
vou me imundar nessa sujeirada que é esse mundo e deixar de ser trouxa
vou foder com a vida de quem me fizer mal
a merda essa porra toda
esse blog
coisa nojenta ter tempo pra blog
que tá lá na merda mesmo
dando o rabo pra neguinho nojento
não tem computador
nem blog
nem porra nenhuma
cansei de berrar aqui
vou berrar pela rua agora
vadia, mas escuta Bowie
Enquanto me arrumava naquela noite, escutava Bowie, escolhia a roupa, e pensava em qual inferno eu iria me meter naquela merda de noite, me meter pra ver se algum merda metia em mim e eu arrumava uma grana pra merda do aluguel, porque puta também paga aluguel. esperava o porra do traficante de merda que até aquela hora não tinha dado sinal de vida nem de morte, ás 09:27 ele ainda não tinha aparecido com minha cocaína.
Puta que pariu, porra de traficantezinho amador, caralho.
Já tinha virado meia garrafa daquele conhaque, quando a porra de telefone tocou, era ele, dizendo que estava enrolado, - é rolou um desmonte aqui no barraco – e pedindo pra eu ficar calminha, que em meia hora ele chegava com aquela bosta e que me daria uma presa boa, Calma, porra!
preciso dar um teco agora, já to bebaça, daqui a pouco to caindo dentro de casa, eu odeio ficar muito bêbada em casa;
resolvi tomar o resto da garrafa.
Quando ele abriu a porta, - o prédio não tem porteiro, e meu apto não tem chave – eu já estava dançando na sala, dançando David Bowie sozinha. Ele me encostou na parede, levantou minha saia, e me enrabou, meteu com tanta força que mesmo depois da garrafa de conhaque, mais duas latas de cerveja que peguei no pé sujo do viado babaca que me come , doeu, gritei e ele puxou meu cabelo e me mandou calar a boca, gozei.
Me botou duas carreiras gordas, depois de gozar no meu cu, disse que essa não sairia da minha parte, Presente porque tu foi boazinha, vadia! Cheirei aquelas merdas e em 15 segundos, minha boca amorteceu, minhas pupilas ficaram quase do tamanho que agora estava meu rabo, e meu fogo curou, pronto, estava ótima, levemente excitada, era hora do inferno começar. Aquela bosta toda do centro, aquele fedor de mijo de crack, essa porra de vida fodida.
Peguei meu pó, enfiei na calcinha porque se porra de tira aparece ainda levo umas porradas e tenho que chupar o pau dos sacanas, pra não ir em cana, dei mais um teco, e desci, tava bonita de doer aquela noite, tinha emagrecido mais uns 3 quilos, e sem pregar o olho há dias, esse aspecto olheiras-magreza-descaso-cansaço me deixava fabulosa.
Sempre deixou.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
terça-feira, 28 de agosto de 2007
da onde vejo
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
do jeito que me digo
Cheia de contradição
No mesmo minuto acho que sim,
No outro tenho certeza que não
Ando pelo mundo, desbundo, confundo
Me imundo
Vou cheirando cores
Comendo amores
Olhando sabores
Tenho cicatrizes na alma,
Marcas no peito e pinturas no corpo
Meu carinho é violento,
Meu amor sedento
A cabeça um tormento
A vida não me ensina
E mesmo sem querer, tudo rima
Do jeito que sou mulher
Sou sua menina
Não tenho medo de nada
Nem macumba nem alma penada
Talvez de mulher mal amada
Mas dessas já sei tratar
É só segurar no cabelo e por a cara pra ralar
Sou metida e
Nada contida
Sou vulcão
Ando na contra mão
E além de tudo não preciso da sua atenção
Adoro poemas assim bem cafonão
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
resposta ao tormento dessa ave
Você que anda fraco
Ou sem história pra contar
A carbamazepina acabou
Não enche, tenta a venflaxina, morfina
E se você achar por aí
Quem sabe heroína
Só não torra meu saco pela porra da minha cocaína
Que nem acabou seu otário
Eu escondi
Sim escondi no armário
Eu não to noiada,
Nem afim de cafeína, um cigarro até aceito
A cocaína começou fazer efeito
Também não quero deixar minha saliva no seu pau
e não seu besta
saliva não é tudo igual
A minha é amarga, tem gosto de cocaína,
Aquele mesmo gosto da sua dourada urina
E se é que você não sabe é culpa é da Tranilcipromina, Mapotrilina, Fluvoxamina ou da Nortriptilina
Depreciativos
Acho que mais para depreciados, desprezados, desacreditados
Desonrados
Sem honra como meu rabo, aquele que você já comeu
Já gozou
E agora vem fingir que mal gostou
E corta minha língua, você sabe que sangue me excita
Molha minha boceta com sangue misturado a saliva
Cospe no cu
Não na minha cara
Que eu piso na sua com meu sapatinho da Daslu
Eu te provoco
E quem gosta é você
Fica aí que nem cachorro querendo me comer
E como homem não tem diário
Faz uma porra de música e escreve
Hoje eu comi aquela puta
Sem vergonha
Ela gozou, que eu sei
Mas o pior
é que eu que me apaixonei
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Tormento por dentro - colaboração de uma ave negra
Foi-se minha última carmabazepina
Carma mesmo, meu copo secou,
Me dá um pouco da sua calma,
Acabou a porra da cocaína, desastre, desastre e desastre
A paranóia vem, cigarro, cafeína, sangue,
Escarro o meu cuspe em você menina,
Abre a boca, não quer um beijo meu?
Saliva é tudo igual
A mesma que jogo na tua boca
E a mesma que você deixa no meu pau.
Antidepressivo o cacete !!!!! prefiro o depreciativo
Um corte na tua língua o gosto do teu sangue,
Me provoca eu sei que você gosta.
Mas cuidado, é o horror, é o horror é o horror.
Tua bolsa Daslu, teu scarpin azul
Eu sei que fundo você sente prazer é me dando.
Me dando o seu rabo, me dando o seu cú,
Vadia sem dono, fica de quatro e cheira toda essa cocaína,
Quero ver o sangue da tua narina,
Tirar o pau do teu rabo esculhambado,
E encher tua boca com a minha dourada urina.
Agora escreve no teu diário, ridículo assim como a vida,
Hoje me fizeram puta e eu gostei
Hoje me fizeram de puta e eu gozei.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
dos auto-boicotes
cavucando na internet algo pra me sacanear
me machucar e foder ainda mais com a minha cabeça
eu definitivamente não tenho vocação para a paz
e odeio me ver feliz
fazendo isso arrumo motivos para maldizer a vida a sorte e o destino
eu nasci cagada
nasci para ser escracho da humanidade
maldição
terça-feira, 14 de agosto de 2007
das merdas que dão errado
que exu é esse que faz tudo desandar
EU SOU FODONA , PORRA
MEU CHARME RESPINGA
as pessoas são loucas pra serem como eu
pra baterem um papinho comigo
pra sentarem na minha mesa
e tomarem um conhaque ouvindo eu destilar meu charme
minha ironia fina
destilar meu veneno
as pessoas me invejam
não invejam?
você me disse que sim, antes da gente sair, porra
- Vão querer morrer, por que você é talentosa , bonita e moderna
Você mentiu?
Disse porque acha, mas só porque é louco por mim?
ou somos os dois loucos de acreditar nisso?
você não mente pra mim, né?
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
dos entendimentos sem palavras
em formas repentinas e lindas
das maneiras mais estranhas
dos porres mais homéricos
com as tristezas mais destruídoras
mas nos oferece também situações e pessoas que nos saõ tão absolutamente inacreditávies
que fazem tudo valer a pena
nada parece ser tão cruel quando se tem alguém assim
e esse alguém pra mim é a Mi
a gente vai voltapara e continua
e é tudo incrivelmente igual
melhor, talvez
é um jeito que poucos entendem
mas eu estou aqui pra elasempree ela está para mim
como quase ninguém está para os outros
é mágico
porque nossos fogos ninguém tomou
nossas risadas ninguém deu
nossos planos de vingança nunca foram maquinados por ninguém
e nem executados por nós
mas nos renderam horas de conversas
de criatividade treinada
e de gargalhadas monstruosas
sabe que hoje precisava de você aqui
pra me ajudar em algo que só tu entenderia
só você não acharia que é capricho
e sim uma afronta
uma falta de respeito
uma petulância sem fim
que enfim , eu não precisaria te explicar
você entenderia
e fim
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
mais trechinhos
Vou te acordar e foder com você
Sexo vai me melhorar.
Quando eu gozar e as endorfinas liberadas vão me relaxar, minha dor de cabeça vai passar, vou amolecer, amortecer e dormir.
Te abraço.Você ronca. Profundamente.
Te dou uns beijinhos no pescoço. Você mexe
Beijo sua orelha e você mexe mais.Dou umas lambidas nela, na nuca.
Você geme
Enfio minha mão embaixo da coberta, seguro seu pau, com força.
Você geme alto
Mais
Seu pau fica duro fácil. Você me chama de vadia e me pede pra sentar nele.
- Adoro quando você acorda querendo dar
Fodemos e é uma das melhoras foda da minha vida
Gozei intensamente duas vezes
V
CU não tem acento, fiquei arrasada quando descobri, porque na minha infância adorava soletrar CU.
C U acento agudo no U. Oxítonas terminadas em U e I não têm acento. É a regra.
Falando em CU, hoje (ontem) fui negociar minha dívida na CeA, não sei o que comprei, não acho nada no meu armário de lá, umas duas calcinhas e uma blusa. Mas isso não da 414 reais e quatrocentão pra CeA, é muito.
VI
É a porra da sibutramina que ta tirando meu sono. Filha da puta. A fome que ela deveria tirar, não tirou, comi um monte hoje. E fiquei sem sono. Que maravilha!
do post anterior
Na verdade nem o livro inteiro faz sentido, não esperem um grande roteiro, nem um final emocionante, nem discussões filosóficas.
São pensamentos de noites sem dormir, bobagens pensadas em filas de espera, em bares, depois de fodas, ruins e boas, enfim essas merdas que passam na cabeça de qualquer um
dos trechos de um quase livro
Minha cabeça não para
Pensa, pensa, pensa
Problemas, maneiras, soluções, dias, as horas estão passando
Vai amanhecer
Pensando, tentando, fazendo, negociando
[e você aqui ao lado, roncando, rosnando, fazendo barulhos cada vez mais estranhos. E altos]
II
A conta, a acortina do apartamento novo, o edredom.
Os cheques que caíram, que vão cair.
O dinheiro que não tem.
O regime que furei, a academia que faltei, a pós.
Preciso de um emprego decente,Hoje.
Preciso cansar. Cansar a mente. O corpo.
Pra ver se durmo
Cabeça rodando, virando, girando.Doendo.
III
To com fome. Ou é sede? Ou vontade de ir ao banheiro.
A rua está barulhenta hoje.
É que já é quinta, as pessoas começam a sair mesmo.
Deve estar boa a noite. Em São Paulo a noite é sempre boa.
Amanhã quero tomar uma cerveja gelada. Lá no centro. Uma não. Quero várias. Quero tomar um fogo, eu mereço. Cair na noite, dar uns tecos, dançar até.
Mas antes tenho que comprar uma geladeira no pregão da São João.(que rima cafona, mas não foi proposital, o lugar chama-se pregão e fica na Avenida São João, fazer o que?) a avenida daquela música que todo mundo conhece.Mas é um pouco depois do cruzamento o lugar que vou.
Aí não vou ter dinheiro.
Não vou sair, nem tomar fogo, nem dançar.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Remédios. Por que não?
Continuei a folhar a revista que me mostrou todas as tendências, inclusive me deu dicas incríveis de lugares, lojas, restaurantes que algumas “pessoas bacanas” vão, um lugarzinho incríiiiivel, um achado, que tem uma salada de queijo de cabra com figo, nossa um luxo, pequeninho sabe, tipo “ninguém descobriu ainda” e os ninguém somos nós, pessoas não tão modernas assim, pessoas que não ditam moda, nem são formadoras de opinião.
Não, não sou contra o mercado de luxo, muito pelo contrário, acho que ele está aí sim, que existe público pra isso e que realmente é legal, eu fiz faculdade de moda, adoro uma roupa boa, um jeans legal, uma sapatilha Prada, cortar meu cabelo com aquele cabeleireiro fabuloso que mesmo me cobrado três salários mínimos vai mudar minha vida, (sim, cabelo muda a vida, o humor a cara e até a forma de ver o mundo) conhecer bistrozinhos bacanas, com comidinhas deliciosas, garimpar revistas (meu ponto fraquíssimo e aonde vai boa parte do meu dinheiro) em bancas legais em Higienópolis, acho interessante saber onde se encontra o que é bom, estou longe, mas longe mesmo de achar o fim quem gasta 15 mil em uma bolsa, a bolsa é linda, você tem grana, compra mesmo, eu compraria, o que me incomoda é a ditadura, ou você vai lá, ou você usa volume no próximo verão, ou então tu ta por fora. Isso não é legal. Isso não é aceitável, quem tem corpo pra isso usa, quem tem grana pra ir nesses lugares vai, mas isso existe a possibilidade de ser legal e moderna, cult e interessante sem necessariamente cumprir essas ordens.
Mas quando comecei escrever isso aqui não era nada disso que queria falar, sei que folheando a revista, me deparei com uma matéria que foi a glória, enfim alguém me entendeu, alguém me deu razão. A matéria chama “QUE DOR QUE NADA” e começa com a sabia frase, “esqueça o velho conselho de que é preciso ser forte e agüentar firme. Houve uma reviravolta na abordagem desse sintoma. A tendência hoje é tratar logo e, sempre que possível prevenir”. Brilhante meu deus! Tem mais “Até pouco atrás ninguém dava real importância a dor... hoje os profissionais antenados não menosprezam esse sinal de alerta, que adquiriu o status de quinto sinal vital”.
Finalmente as pessoas chegaram a essa conclusão, que sem querer parecer arrogante, pra mim sempre foi óbvia, dor não é normal, sentir dor não é legal, o corpo ta reclamando, ta dizendo que tem alguma coisa errada, que você abusou, que pode ter algo sem funcionar direito, será que é tão difícil entender que sentir dor não é natural?
E, pra que agüentar, ser forte, qual o motivo da resistência em tomar remédios? Pra mim isso é um ranço natureba anos 70, que de saudável não tem nada, maconha é legal, analgésico não. Vão à merda, ok? Chás de cogumelo, ácidos lisérgicos, isso pode, mas uma porra de um opiáceo (a única substância capaz de aliviar as dores de um câncer, por exemplo), ou de um antidepressivo para aliviar dores psíquicas e tormentos mentais que às vezes param a vida de uma pessoa não pode. Convenhamos é no mínimo incoerente. Sim acredito que auto conhecimento, terapias, e o caralho ajudem que dores podem ter fundos emocionais, mas até pra isso existe remédio sabia? Os tais foram feitos para melhorar qualidade de vida, ou alguém imagina o que é uma dor de cabeça que pode durar dias, uma cólica menstrual tão forte que você mal consegue trabalhar, exercer funções simples dia a dia. Algumas pessoas param completamente de viver por causa de doenças mentais, que com médico e as drogas certas poderiam ser sanados.
Que fique claro isso não é uma ode ao uso indiscriminado de medicação, pra fim nenhum, é sim uma indignação. Antes até é uma questão. Qual o mal em tomar remédio quando se sente dor? Não colocar substâncias químicas no corpo, ok, então que também não bebam, não fumem, não comam alimentos com agrotóxicos, é pra testar os limites do corpo, até onde você é capaz de suportar uma dor?
O melhor mesmo seria termos uma vida, alimentação, e corpo tão saudáveis que dores não existiriam nunca, mas sabemos que não é assim que a banda toca, então...
Pra mim isso é ignorância uma ignorância meio masoquista. Ninguém precisa sentir dor, ninguém quer sentir dor.
Um viva aos analgésicos e aos meus antidepressivos que me fazem continuar aqui.
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
da não razão
são pensamentos cortados, surtados e corridos
alívios e tormentos
correrias
tentativas frustadas de ser feliz
não encosta
sábado, 28 de julho de 2007
dos seus pés
Estávamos na cama
acabado de foder
Uma foda boa
Quente, suada
Quando você saiu de dentro de mim
Levantou-se e foi até a geladeira
Você descoberto, exposto
eu poderia reparar qualquer parte daquela nudez
Mas olhei os pés
Firmes fortes, porém finos
[nobres, segundo definição sua, dita bem depois]
Não sei se foi o pé ou o pisar
Mas foi seguro, confiante, convicto
Seu alicerce
Minha segurança
O tempo passou e continuo encantada com eles
Eles me surpreendem diariamente
Sinto-me protegida com eles
Sei que não vou cair
das dores infernais
com certeza elas escolheriam meu corpo
primeiro porque muitas delas já estão aqui, fazendo a festa, fodendo
é um lugar divertido, e a proprietária oferece inúmeras condições de crescimento a cada um que chega.
veja só, a angústia quando chegou, era pequena, nunca vista, passava até desapercebida.
Hoje reina triunfante em minha cabeça
a tristeza o pesar e a desgraça gabam-se por ocuparem uma posiçao de destaque, são importantes, quase autoridades
o desgosto e o dissabor se vangloriam por terem conseguido amarrar uma vida
sim, fiz todos crescerem
são hoje, mais que dores ou sensações
são os donos, comandantes e reis da minha ex vida
portanto deixo aqui o convite
você qualquer tipo de tormento, dor, amargura, azedume
venha
ofereço a vocês meu corpo, minha alma e uma mente já destruída
terça-feira, 24 de julho de 2007
dos quase surtos
de novo
daqueles de camisa de força e clínica
e homens grandes tentando segurar
e remédios fortes na veia
mas dessa vez, não foi divertido
até quando?
::::cuidado, fui declarada patologicamente insana hoje:::::
segunda-feira, 23 de julho de 2007
dos desalentos
tô cansada
debilitada
desanimada
não sou se sou eu que tenho cansaço
ou se ele que me tem
talvez eu desita hoje
das lembranças da infância
10 no máximo eu tinha uma gangue
"tropa de choque"
tínhamos camisetas rosas com cassetetes
eu era a líder, claro
apesar de ser a mais nova
sempre fui a mais mandona
continuo sendo assim meio mandona
inquisitora
autoritária
mas não pedirei desculpas por isso
quem quiser que conviva comigo
quem não queriser que se foda e ponto
mas voltando a tropa de acho que
escrevi isso porque recebi no meu orkut
(sim eu tenho é lotado e eu adoro)
um testemunho que me lembrou infância
e suspresa eu era feliz
está aqui
Para os outros ela é a Miss Doll, cheia de atitude, animada, maravilhosa. Para mim ela é e sempre será aquela menininha de cabelos castanhos que dizia no café-da-manhã na cozinha da casa dela que café preto não faz mal. "Meu pai disse que não faz, ele é médico", afirmava confiante. Depois disso íamos rumo ao colégio todas as manhãs por um comprido corredor lateral daquela casa. Ela ajudou a me ensinar a nadar em uma piscina de azulejos azuis escuros, me ensinou a andar de bicicleta na varanda da churrasqueira com uma Ceci de cestinha e ficava sempre atenta para nunca esbarrarmos na estátua entre a varanda da casa e a piscina. É isso aí miss Tropa de Choque, acho que ainda somos aquelas crianças felizes, com brincadeiras nem mais nem menos divertidas, apenas diferentes. Você sempre será a menininha de cabelos castanhos que eu sempre adorei! Espero que sejamos sempre crianças a correr pelo jardim sem esbarrar na estátua cinza de uma mulher quase nua. Te adoro hoje e sempre.
domingo, 22 de julho de 2007
das observações sobre mim
as vezes, só (tenho pavor de gente que sabe tudo sobre si mesmo)
mas quando observo noto coisas que não precisava
eu não gosto de estar com ninguém
gosto só quando preciso
quando é vontade minha
pra diversão
do contrário sou chata e mal humorada
não gosto de ouvir reclamações alheias
não gosto de conversas demoradas sobre foras tomados
sobre dores de outrem
não dou opinião
e não permito palpite na minha vida
acho um saco
das minhas mazelas cuido eu
então cada um que se resolva com as suas
não sou uma boa amiga
não, não sou
sou egoísta
mas isso eu já sabia
apesar de que agora notei, sou muito mais egoísta do quanto eu achava aceitável
talvez as pessoas se cansem das minhas sumidas e das minhas desculpas
talvez eu fique sozinha
talvez não me sobre ninguém
talvez eu ache isso bom
talvez
sábado, 21 de julho de 2007
das minhas comidas
me nutro de formas inesperadas
de alimentos improváveis
minha insanidade me alimenta
e o delírio, minha sustância
me alimento de você
tirando de ti tudo que possa me servir
devoro te
consumo seu mel
absorvo o fel
tua força
me embriago de teu sangue
até te exaurir, esgotar, ressecar
até nada de restar
isso para você ter que vir buscar em mim algo que te sustentará
[será que você morre e não vem?]
dos dias de ressaca
sempre foi assim
não sei que mal se apodereou da minha pessoa
nem se estou pagando algum tipo de penitência
[será que fiz mal a alguém?]
até uma ressaca
para mim parece muito pior
foram só umns conhaques
algumas carreiras de cocaína ruim
e hoje o mundo parace desabar na minha cabeça
ainda bem que tenho você comigo
de certa forma alivia tanta atormentação
me acorrentei a você
te fiz apoio
entreguei a ti essa doce tortura de viver ao meu lado
obrigada
quinta-feira, 19 de julho de 2007
do dia de hoje
até que seria fácil
acho que aquela incômoda e incessante sensação de calvário repousa
talvez seja porque acordei cedo
o tormento dorme ainda
psiu
silêncio
ele agora já já
e eu não tenho para onde ir
terça-feira, 17 de julho de 2007
das angustias de sexta feira
Uma tarde típica de inverno, céu azul sombra fria,
sexta feira sem intenção nenhuma
O final de semana estava aí
nquanto caminhava para casa, ia matutando o quanto é importuna, essa obrigação de prazer
como se fosse ordem
Está decretado
Todos para a esbórnia, badalações
Você tem que se divertir
Muito, no mínimo
eu só queria dormir
Tive uma semana sacal, uma balada errada na terça, e nenhum dinheiro no banco
E foi no meio desses milhões de pensamentos que você surgiu
A mesma aparência, aquela fisionomia sempre tão familiar
Aquele seu quase sorriso, seu jeito de quase feliz
e nisso um cheiro invadiu meu caminho
era o mesmo aroma,
foi me tomando brutalmente
Incontrolável ingovernável irrefreável
Aquele odor cinza, poluído, doente
O bálsamo do seu sexo
No mesmo instante fui assaltada por aflição, agonia, amargura, e angústia
Lembrei-me que esse perfume que um dia me trouxe vida
Também quase me matou
As recordações, mais que reais eram tangíveis, tocáveis
Saí correndo
Corri para casa [com aquelas sacolas horrorosas do pão-de-açucar]
Corri como se fosse pra fugir das lembranças
Como se pudesse inodorizar o mundo
[merda, eu sabia que essa semana ia ser péssima]
Tranquei-me no quarto e chorei
Chorei por horas
Chorei,pelo amor perdido,
Pelos sonhos desfeitos,
Pelo tempo que passou,
Pelos homens que não conheci
Pelos porres que não tomei, pelos que tomei
Por saber que durante toda minha vida, só fiz o errado, até quando queria fazer o certo.
Chorei porque a dor que já fazia parte de mim
Parecia crescer sem parar
Chorei chorei chorei
[e sim, fiquei com dó de mim]
Tenho chorado tanto ultimamente
Mas a música acabou, garota
Ninguém mais canta minha dor
E é hora da novela.
E quem sabe
parar de drama e me decorar,
Afinal é sexta feira e você tem que vadiar
segunda-feira, 16 de julho de 2007
dos cs dos ds e dos es
domingo, 15 de julho de 2007
das realidades
sexta-feira, 6 de julho de 2007
do silêncio
Fico com o silencio
Aquele que se esconde entre as palavras
o silencio de quando precisa-se fugir de si mesmo
calar a boca pra tentar emudecer o pensamento
quarta-feira, 4 de julho de 2007
dos desenlouquecimentos
e agora?]
desfez-se
está acabado
levantei-me e já nenhuma memória
nada de angustia
amargura,
sem agonia sem aflição
talvez até um pouco de paz
desenlouqueci?
cadê você que já não vejo mais?
...
[merda,
e agora?]
eu gostava daquilo
faziam-me companhia aqueles desatinos todos
eu me acostumei com aquilo
devaneios e delírios
medo medo medo
volta
nem sei se foi real
ou se foi tudo fruto de uma imaginação fértil e doente
mas era meu
e não podia ser tirado de mim assim
[será que nem minhas sandices me toleram mais?]
só sei que me acostumei
gostava daquilo
desenlouqueci
e isso não esta me parecendo bom
[hoje eu acordei em paz
e agora?]
quarta-feira, 27 de junho de 2007
das noites mal dormidas
Não consegui dormir
cacete
Alguma coisa acontece na minha cabeça
segunda-feira, 25 de junho de 2007
das pegadas
Te enrosco
Te amarro
No ato
Te amo te deito
Te mato
(how clichê!)
Te duvido, te uso
Lambuzo
Te amo
me assanho te solto
(sem saber o porquê)
Te falo
Te conto me conta
te guio
te instruo
te mudo
eu mudo
te fumo
te bebo te cheiro
te gosto
te mostro
doutrino
te arrependo
te volto no tempo
te desculpo
me perdoo
te dou
me fodo
copulo
me emprenho
te atormento
me escapas
mas isso se eu te pego
Pra aquele que me lê todo dia
domingo, 24 de junho de 2007
dos pensamentos de solidão
Me dá de beber
Então se ajeita aqui
Me esquentar
Qualquer resquício de raciocínio lógico sumiu
Só
sexta-feira, 22 de junho de 2007
das dores
toda dor do mundo,
o néctar do que existe do mais amargo
o tormento e a ira
veneno
imagens caóticas
o desalinho desarranjo o desassossego
pesadelos babélicos
confusão
tenho guardado dentro de mim o maior amor do mundo