quinta-feira, 27 de novembro de 2008

outrem que me tem

Eu nunca fui só uma mulher. Eu sou uma mulher escritora. E as mulheres escritoras assustam homens e mulheres que não são escritores.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A inenarrável segurança de te ter ao meu lado


E você empresta seu órgão escutador para queixas banais, irracionais
E seu membro de carinho e força me segura quando tento me mutilar
A segurança e a paciência
O cuidado
E quando me dispo de qualquer pudor estética e razão, ali está aninhado junto, ao lado
E dizendo amor amor
E cedendo lucidez ou embarcando na insensatez
É a capacidade de orientar com carinho o completo desvario
Distante da realidade finalmente me reencontro com a paz
Você me traz ate aqui
Já sendo possível respirar e voltar a ver
A inenarrável segurança de te ter ao meu lado

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

tentando organizar sonhos


Noiva enlouquecendo com preparativos do dia sonhado, vivendo em uma fantástica fabrica de fantasias, em meio a laços, tecidos e rendas no adorável delírio de ver o vestido desejado tomar forma, embriagada com sabores experimentados nas degustações dos doces, o jantar, o bolo, emocionada e confusa com a árdua tarefa da escolha das músicas da cerimônia, - de quantas músicas é feito um casal apaixonado? - flores feitas de papel, de tecido de escama de peixe, a cor do papel que embrulhará o doce que tem o nome da felicidade, bem casados, às vezes frustrada por não conseguir dar conta de tudo, por terceirizar tarefas que queria fazer com minhas mãos, cada laço dos convites, cada caixa das lembranças, extasiada tentando organizar sonhos, sentimentos e suspiros.

sábado, 4 de outubro de 2008

e é sabado, e meu marido voltou

cama, cafés, conversas
caminhos, cafuné,
cócegas, carinho, confissões
comidinnhas, cervejas
cobertas, cobertor
e cumplicidade cumplicidade e cumplicidade

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

falta o básico

Estou de regime, há exatos 39 dias, tá legal o feed back corporal, emagreci 6 quilos, isso é interessante, quase animador, mas, estou sem beber, pelo regime, mas antes por causa de um problema de saúde, uma doença mesmo, sem poesia vai, que não estou a fim de contar agora. É chato, não tem graça, nem ritmo, nem porra nenhuma, só tristeza. Ficar sem beber ta me fodendo.

Eu estou com fome, muita fome, e fome é um tesão dos mais básicos, vai-se ate a comida e come, sem pensar sem regra, sem porra nenhuma.

Mas de regime não é assim, passo o dia pensando no que vou comer. tem gordura? É calórico? É saudável? Não, é uma merda.

Invisto mais tempo em comida agora do que quando comia.

E agora eu quero comer churrasco, daqueles que duram o dia inteiro, com muita cerveja e (final censurado)

Eu quero!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

cuspindo pérolas...
a porcas principalmente

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

assim e assado

sou de repente
bote de serpente
inquietação de pesadelo
deserto
o toque do incerto
som de caneta, de escrito
grito do maldito
aperto do peito, do abraço
sobressalto
sussurro
vocábulo ácido
derivação, decorrência
dedução mutável sem permanência
palavra solta que encontrou frase certa
sua
suave e submissa

Pelo dom do grito, o poder do surto e a alegria de chamar a atenção NRC

terça-feira, 26 de agosto de 2008

das angústias de sexta feira

Uma tarde típica de inverno, céu azul sombra fria,
Sexta feira sem intenção nenhuma
O final de semana estava aí
Enquanto caminhava para casa, ia matutando o quanto é importuna, essa obrigação de prazer

como se fosse ordem

Está decretado
Todos para a esbórnia, badalações
Você tem que se divertir
Muito, no mínimo


eu só queria dormir

Tive uma semana sacal, uma balada errada na terça, e nenhum dinheiro no banco

E foi no meio desses milhões de pensamentos que você surgiu
A mesma aparência,
aquela fisionomia sempre tão familiar
Aquele seu quase sorriso, seu jeito de quase feliz
e nisso
um cheiro invadiu meu caminho
Era o mesmo aroma,
E foi me tomando brutalmente
Incontrolável ingovernável irrefreável
Aquele odor cinza, poluído, doente
O bálsamo do seu sexo
No mesmo instante fui assaltada por aflição, agonia, amargura, e angústia
Lembrei-me que esse perfume que um dia me trouxe vida
Também quase me matou
As recordações, mais que reais eram tangíveis, tocáveis

Saí correndo
Corri para casa [com aquelas sacolas horrorosas do pão-de-açucar]
Corri como se fosse pra fugir das lembranças
Como se pudesse inodorizar o mundo

[merda, eu sabia que essa semana ia ser péssima]

Tranquei-me no quarto e chorei
Chorei por horas
Chorei, pelo amor perdido,
Pelos sonhos desfeitos,
Pelo tempo que passou,
Pelos homens que não conheci
Pelos porres que não tomei, pelos que tomei

Por saber que durante toda minha vida, só fiz o errado, até quando queria fazer o certo.

Chorei porque a dor que já fazia parte de mim
Parecia crescer sem parar

Chorei chorei chorei
[e sim, fiquei com dó de mim]

Tenho chorado tanto ultimamente
Mas a música acabou, garota
Ninguém mais canta minha dor
E é hora da novela.

E quem sabe
parar de drama e me decorar,
Afinal é sexta feira e você tem que vadiar.

domingo, 24 de agosto de 2008

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

sem titulo

me espera eu vou voltar.eu não minto.não pra você.minto pra mim.me espera.ali.na janela.com sorriso.flor na lapela.sorrindo.dizendo.é ela.
você e só você conseguirá me reconhecer.vai encontrar no fundo dos meus olhos tristes algo que ainda existe.não sei o que é.mas ainda ta lá.arraigado na alma. naquele fundo mais fundo e tão fundo que nem eu consigo chegar.você sim.me espera.eu volto.não posso lhe precisar quando.nem por qual caminho virei.mas se tu tiver me esperando.eu voltarei.quem sabe pra ficar.ou para dizer que não fico mais.

mas eu preciso que você me espere.


amor eu voltei.andei por estradas tortuosas que me levaram até onde quis.fui até la.senti o cheiro da merda e me imundei nela.foi lá sentindo aquele puta fedor.que aprendi ter saudade.a você. a janela. a flor.



me quer?
já me limpei.
me arrumei.
voltei.


a você que sente meu azedo quase doce,meu néctar de podridão,e ainda me abraça e diz que sou a melhor mulher do mundo

terça-feira, 19 de agosto de 2008

pra dizer a verdade

Pra dizer a verdade
Era tudo mentira
tudo
o cheiro
a pele
o amasso


Pra dizer a verdade
a verdade mesmo
a gente nunca se amou
nunca tivemos noites intermináveis
nem abraços infinitos
era tudo mentira
mas


Pra dizer a verdade
verdadeira
só a verdade
nada daquilo foi real
acreditamos nas mentiras que nós inventávamos
nunca houve nós

::gosto de nós::

Pra dizer a verdade
Nunca achamos que existisse no mundo
Duas pessoas tão maquiavelicamente iguais
Mas existem
Ah, existem


Criamos um mundo
Construímos um castelo
Cultivamos o ódio (o que talvez, pensávamos ser amor)
Conquistamos má fama


Arquitetamos enredos
Amontoamos conversar
Armamos casamento

Pra que?


Acabamos sozinhos


Pra você que me lê e é de verdade

ficha tecnica poema abaixo

estive morta, isolada em um canto que gelou meus pensamentos, congelou sentimentos, gelei tanto que achei que não voltaria.
Foi minha Sibéria emocional, Sibéria que ás vezes queimava com o verão da Zâmbia.
Conceitos foram vistos, revistos e reorganizados.
Lá me reencontrei com Plínio*, ótima companhia para os momentos de cachaçadas, Murilo** me levou fundo ao surreal de minha alma. E esteve ao meu lado esse tempo todo, meu amado, agradeço profundamente a ele e sua paciência sem fim, dos meus surtos recolhidos as cabeçadas na parede aos cortes em meu corpo e alma. Meu marido***, o homem mais incrível que conheço.

Voltei a vida por vocês três e para desorganizar a cabeça de quem ainda sonha com versos encantados.

*Plínio Marcos
**Murilo Mendes
***Luiz A. Capilé Charbel

da minha volta

Senhor, livrai-me da norma culta
Adulta
A forma que não insulta
Me libere das métricas perfeitas
E do vocábulo letrado
Deixe me abandonada aos erros ortográficos
Graves descuidos gramaticais
Ao poema livre
Quero entregar-me às palavras de baixo calão
Cultuar o palavrão
Escrever como aqueles que compõem sangrando
Escrevem morrendo
A língua do caes
Do caos
Entrego a merda poemas pueris, infantis
Corrigidos e revisados
Não vou nem passar pelo amor
Quero a vida fudida
A sacanagem
O cheiro de mijo do centro de São Paulo
Nada de versos planos
Retos concretos
Quero a beleza do puta que pariu
Da rima barata
Dos carteados de mesas de bar
Senhor, livrai-me da felicidade





Aos que se alegraram com minha breve morte,
Sinto informa-los que voltei
Mais fértil
Menos sensível
Voltei com a filha da putagem de companhia
E estou aqui
De pernas abertas, esperando ser caceteada


domingo, 10 de agosto de 2008

estou feliz...e agora?

está tudo estranho
hoje é domingo e eu estou curiosamente feliz
sim, aquele tipo esquisito de felicidade que algumas pessoas (estranhas) dizem ter
uma felicidade leve
tranquila
um regalo
um dia de sol e brisa leve
como chuva e um dia de cama
como aquela alegria de acordar pela primeira vez ao lado do alguém que foi tão desejado
mas voltando ao domingo
essa felicidade silvio santos é um tanto heteróclita
tanto quanto essa palavra achada em dicionário online
domingo não é dia de ser festivo
o certo nesse sétimo ou primeiro dia da semana é sofrer
acordar de ressaca
maldizer a televisão
a segunda feira que esta por vir
chorar quando escuta a musica do fantástico
fuçar blogs legais e só achar os piores (c0mo esse)

mas não é o que se sucede
acordei, almocei com meus pais, tomei umas cervejas
andei na avenida paulista
comprei uma flor para o cabelo
voltei para minha casa lépida risonha satisfeita

está tudo estranho
o dia maldito esta acabando eu continuo daquele jeito
estranhamente feliz

não estou sabendo direito como lidar com isso

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

lobos uivam em minha já funesta mente
demente

terça-feira, 5 de agosto de 2008

medos

eu tenho dragões dançando no peito
eu queimo
e a tentativa de salvação é sempre frustante


eu tenho um amor
dinheiro no banco e uma angustia que me paralisa

quisera eu que fosse só piti de mulher metida a artista
começa com uma dormência na mão
na cabeça
esquenta, calafrios
calaquentes
e o sinal fatal
estomago a partir daí é medo medo e medo
medo de tudo e tudo mais
do real e do que crio
medo


"aquilo que mais temo me sobrevém" é biblico e é isso que penso

quarta-feira, 9 de julho de 2008

é a cara dessa pagina em branco o que me mata

segunda-feira, 30 de junho de 2008

casamento!




E depois de um tempo, vem o papel assinado
O contrato firmado
Outorgado, imputado
Mesmo sem ser necessitado
Anseios sacramentados
Impreterível, inevitável, irresistível.
Vontades imperativas surgidas de sentimento
Impositivo, sem sentido, dominativo
Amor conclusivo definitivo
Alvo acertado, caminhos marcados.
Não pela força do escrito, e sim pelos meios tortos como foi traçado
Pelas duras penas, hoje mais amenas
Pelo tudo enfrentar sem pestanejar
Eu assino
Me declaro sua em carne osso sangue
Tu assinas me dá seu nome sua força seu sêmen
E assim seremos um
Está escrito.
E fim!

domingo, 22 de junho de 2008

um scrap a uma desconhecida amiga de madrugadas ressaquiadas

eu na verdade me cansei de grandes anseios
hoje quero tudo, e só
o mundo aos meus pés
meu marido na nossa cama
uma boa dose de conhaque
um pouco de inspiração para tentar escrever o que já nem sei mais se é
uma gorda carreira
não quero tentar nada, nem me conhecer
conhecer essa merda pra que?
vou seguindo e sendo o cada dia me é proposto a ser
ou não sendo quando chapada de calmantes me entoco na toca depressiva que transoformo a minha mente
eu nem seu se quero, só sei que cansei que questionar
vou andando caindo bebendo
se der eu levanto senão me deito por ali e fico

domingo, 15 de junho de 2008

a presença enlouquecedora que sua falta me traz


É a primeira vez e sempre existirão essas estréias e nunca me encontro preparada a elas, a ausência da sua presença é tamanha que preenche a casa, toma todo o ar, sufoca, transborda meu coração e meus olhos atolados de lagrimas doídas e quentes que insistem em não parar de cair, é palpável e enlouquecedor e possuo animo agora apenas para assistir o mundo através desse amor, da nossa janela, de debaixo da nossa cama; e o eflúvio, a exalação, o calor atormentam um incontável numero de sentidos, sua voz me chama no rádio, mas sinto como se me faltassem dedos, escassa de vocabulário é tudo um excesso de coisa nenhuma, falta, falta uma coisa, falta você aqui no meio das minhas pernas.falta o movimento dos corpos, o cheiro do banho, o som da voz do seu violão, e são apenas horas , horas eternas de uma angustia que cessará no momento em que aquela porta abrir. Estarei aqui, olhando pela janela, embriagada de saudade volúpia e desejo.

Volte sempre meu amor, estarei te esperando sempre, com o coração apertado e as pernas arreganhadas!

terça-feira, 3 de junho de 2008

peitos e idéias estupidas


e saiu correndo
segurando os peitos com mão
o sutiã era frouxo
seus seios sempre foram pequenos, mas era flácidos
sera que esse fato se dá pela vida desregrada que levou por tantos anos?

foder deixa os peitos caídos?

não deixarei de foder, foderei mesmo que meus peitos encostem no chão

quarta-feira, 28 de maio de 2008

desejando rivotril


dia povoado por estranhas nuances
vou fazer uma camiseta escrito I love gordura trans




me convença de que essa banda é a melhor
me de cds
me deixe pegar seus cigarros sem pedir



segunda-feira, 26 de maio de 2008

sou eu aqui cheia das merdas de minhas certezas que só me angustiam
eu com o caralho do meu eu sei tudo
talvez com um pouco de tempo eu consiga pensar melhor e até de pra resolver alguma coisa
talvez não
é mais provável que não
nunca
no meu caso o tempo nunca foi remédio pra nada
o tempo sempre piorou as coisas



eu vou te foder te fazer gozar te fazer espirrar bolhas de sangue na nossa cama

euteamo

gotejando

Como se gotejasse, era assim que o sangue escorria, parecendo que existia pouco daquele soberano liquido dentro do seu corpo. Adelle trancou a porta, mas pela primeira vez para não voltar mais, lá dentro abandonara não só mais da metade de seus cacarecos, mas toda lembrança daquela vida que dantes fora sua, apesar de ter sido roubada de outra que, até os dias atuais chora e maldiz Adelle, sim, mas não iria confabular sobre isso agora, é hora de ir embora, de deixar o gás aberto e esperar explodir, sim iria comprar cervejas cigarros, tinha desistido de parar de fumar, não era exatamente o momento adequado, - fumarei para sempre, me assumo tabagista, sem culpa - aconchegar-se na pracinha em frente e assistir de lá o apartamento que a trouxe tanta desgraça estourar e, com um pouco de sorte ele já terá voltado da viajem e irá pelos ares. Prédio sem zelador ninguém reclamará nem terão como abrir se o cheiro escapar. E pensou, pensou por que quis tanto aquela vida, por que raios tanto desejou ser senhora daquele homem e dona daquela casa, tanto infortúnio, o que lhe sobrou foram braços cortados sentados tomando cerveja quente esperando aquela vida pipocar. Isso não é crime já que não tem ninguém lá, direi que me feri e fui fazer um curativo, saí correndo em busca de socorro, o gás estava aberto, malditos velhos apartamentos com aquecimento a gás, pensando nisso não viu quando Birman saiu por aquele porta de ferro, carregando somente as fotos de Adelle - fotos essas que ela fez questão de esquecer, escondidas dentro de uma velha caixa, se não queimassem tornar-se-iam um banquete de traças e baratas que decidirião fazer daquela caixa sua casa e comida – colocou-as cuidadosamente dentro do carro e vendo bombeiros tentarem salvar a velha moradia.

Adelle largou o resto da lata levantou-se e caminhou ate a estação do trem jogou as chaves em lixão, pisou forte e rápido, a partir de agora Valentine

domingo, 25 de maio de 2008

outrem

"Só cabe aos que me reprovam refletir um pouco e depois pedir desculpas a si mesmos. Não preciso de uma palavra para a minha defesa".
Nietzche

quinta-feira, 22 de maio de 2008

sempre

queria o sempre agora
esse estado de semi embriaguez, esse estar com você
esse meu coração parou de sangrar


eu ainda tenho cervejas e uma bela vista

terça-feira, 20 de maio de 2008


unhas escarlate, rubras agulhas que te fincarei e tu provavelmente te apaixonará, e riremos juntos em algum boteco quando deliciosamente o álcool subir a nossa já entorpecida mente, madeixas de graúna e amêndoas negras te olharão sem doçura mas algo te tirará a paz um incomodo encanto, e quando eu for embora te deixarei com tudo, as agudas lembranças de minhas rubras agulhas, o carmim dos lábios, a escassez de brilho nos olhos, a lembrança das negras melenas. E tu não chorarás. sairá à procura pelos vagões de metro aquela mão com curtas unhas vermelhas aliança de ouro que outrora afagou tua embriaguez.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

um dia qualqer

Era sexta era a tarde era sol e frio era dia vadio
E começou como tudo sempre começa, cerveja em qualquer boteco caga sangue do meu amado centro velho da terra que outrora foi da garoa, eu e minha melhor companhia. E logo outro se uniu a nossa mesa.
E continuou como sempre continua, uma ligação rápida e um ilícito delivery.
E amanhã era dia de trabalho, hard fucking work, mas, bem remunerado trabalho.
Mas o ontem não acabou e se agregou ao amanhã, eu até tomei um banho e o resquício do delivery na corrente sanguínea me dizia que seria bom, ou que pelo menos conseguiria viver o hoje que ainda era ontem apesar de ser amanhã.
É claro que deu errado, sou eu com o organismo já cansado e entupido de química e com excesso de pouco sono, e cafonamente desmaiei, ainda com gosto de álcool na boca, garganta amarga e claro com o nariz entupido.

Perdi o trabalho, mas ganhei uma rebordosa inspiradora e angustias poéticas.



Agora o ontem acabará e decididamente acordarei amanhã, o rivotril chegou e me devolve o sono tirado.

sábado, 17 de maio de 2008

bomba relógio

não é fácil viver quando dentro da sua cabeça existe uma bomba relógio que vai explodir a qualquer momento, no momento em que alcancei aquela coisa boa que dizem ser felicidade

no fundo sempre soube que isso não era pra mim

domingo, 11 de maio de 2008

quando é que passar quando você casa e não passa


casei e não sarou
e agora quando sara?

amanhã de manhã sara
se ocupa que sara
relaxa que sara

mas nunca sarou
não sara nunca

procura-se moça de família

eu nunca absorvi experiências nem assimilei nada com nada disso. sou fruto da incoerência, espírito inacabado, riso convulsivo, ambulante inconstante. desinteressada pelo correto e reto, erro, tomo um trago e te confundo. vou dançar, gargalhar descontroladamente e me divertir como poucos. me orgulho da pouca sensatez, da falta de cautela, do excesso de alegrias burras, da insistência cavalar de doses de cachaças.
moça de fino tato, tipo fina pra caralho, sorriso fácil e coração de pedra. ah, não esqueçam das unhas escarlate.



quinta-feira, 8 de maio de 2008

quem casa...


marquei meu casamento duas datas civil e religioso estamos felizes, cada dia mais apaixonados




e sabe aquele tormentinho que insiste em embrulhar o estômago e que deixa aquele gosto amargo na garganta
a penitencia que impede o sono
que faz quebrar copos e aquela morte que insiste em consumar-se
a repetição de mesmices enfadonhas e surpresas desagradáveis
aquele excesso de coisa nenhuma
sabe?

ele permanece

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Manifesto Rádio NSDD

Foi dada a largada, lançada a sorte, estão abertas as porteiras, com direito a fluidos corporais, risadas absurdas, desordem e desvario criativo.

Está aí, pra quem agüentar.

Pra quem tem culhão, coração e ousadia.

E tanta coisa pra colocar aqui, tantas idéias, Sem prolação vamos ao ponto, mas não o de encontro, nem o g porque não é prazer e aí é pacífico, ou não agora de interrogação, tem o de encontro, de macumba ah, não falei nada, uso o final.


Escuta por que tá do caralho!

Clique aqui, ow cabeção!

http://www.myspace.com/razukcharbel

Criação , produção, execução Razuk Charbel Comunicação
que aqui é
Natalia Razuk Charbel
Capilé Charbel (Capileh Charbel)
e
quem mais estiver afim de colaborar com sugestões geniais, ou nem tão geniais assim,
com som
com palavra
com raiva
com o que quiser

Aqui é terra sem lei.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

meu muso

Devoro-te com a formidável gula de um gordo e o desespero de um faminto etíope, com minhas garras, rubras agulhas que te agarrarão com a força e a volúpia de um desejo quase animal, visceral, desesperado. Fazer-me líquida pra ti, aquele liquido primal, que te lembrará um sabor de infância e inomináveis paladares, com uma malicia lasciva, pervertida, sem parcimônia, e um milhão de estranhos e fortes aromas que exalaríamos pela pele, poros, meu coro lambuzado de seus fluidos e um sem numero de desejos satisfeitos, vergonhas desfeitas, seremos perfeitos, semi-deuses antropófagos a se enrolar entre luxuria, preguiça e gula, e sabores mesclados impuros , azedos e doces, como em uma mágica e eterna experiência onde degustamos amor, sensações ludicidades, realidades mirabolantes, e uma prudência lunática me toma enquanto me toas nesse sono de vida doce e realidade devaniadas. Nossa vida e tanto amor pra ser vivido!

domingo, 4 de maio de 2008

wish list da semana

eu preciso de uma faxineira de um terapeuta de uns livros novos tomar champagne dançando Bowie com meu marido e de uma galocha chooka
http://www.chookaboot.com/

ah, tô pensando no meio disso tudo em ter um filho, ele vai usar roupas bacanas e aprender francês bem cedo
vai pode ver televisão sim, acho cafona mãe que proíbe tv, that's life, e ele vai saber como é o mundo, vai usar roupa de criança, e vai falar palavrão.


é isso que eu quero essa semana.

Ah, se o Flamengo for campeão do campeonato carioca vai ser bem legal e eu vou comemorar com cervejas e sexo

sábado, 3 de maio de 2008

nem sei se é
se foi, sei que aqui estamos, nossa casa

eu estou ouvindo Bêbados Habilidosos (não sei por link, procurem)
feliz que tô


sefodê, nem consigo escrevê, locona quetô quetamos quitutes
hohoho
e nem é papai noel

sexta-feira, 2 de maio de 2008

depois disso tive um surto e fui pra cima, e rolo e tapa e choro e colo.

se eu continuar assim vou acabar tudo, e comigo.

e mato

estranhamente um monte de merda povoa minha cabeça atormentada, merda

muita merda



mandei roupas, e os edredons (frio, seja camarada e espere meus edredons) para a lavanderia, como se pudesse lavar minha alma podre



te ama

terça-feira, 29 de abril de 2008

essa britadeira ainda me mata

segunda-feira, 28 de abril de 2008




resultado, celular quebrado, desmaio e diversão, então tá valendo

domingo, 27 de abril de 2008

esse merda de tormento vai conseguir me foder, me matar, que caralho, tá tudo indo bem meu, eu ganhei dinheiro, eu tatuei, meu marido é gostoso e apaixonado, nossa casa é linda,e eu to aqui na mesma miséria emocional, aquele maldito nó que sempre sobra na garganta, aquela ausência no peito, esse excesso de coisa nenhuma.

sábado, 26 de abril de 2008

exercício de disciplina

eu sei que não devia abandonar que não é legal largar coisas assim pela metade e sem avisar é a reprodução pública da minha personalidade negligente desleixada mesmo negligente é por demais sóbrio quando se trata de mim mas é assim eu largo quando enojo troco esqueço assassinado mental sem choro nem missa de sétimo dia e assim larguei mais um blog que pelas minhas contas deve ser o vigésimo mas atendendo as orientações de meu psiquiatra vou buscar em mim ( que coisa cafooona) uma disciplina que nem sei se meu organismo podre de cachaça produz mas é isso a partir de hoje esse blog vai ser um exercício de disciplina
e vai ficar mais chato do que nunca.


estou de fogo de ontem enfim, a noite passou e eu, claro não dormi, não é que dormi mal, tipo nada mesmo de pregar o olho, e hoje ressaca de mix alcoólicos e outras substâncias que não convém escrever em lugares públicos. jogando a real, acho que estou de fogo de uma bebida que deve fazer mais mal que crack eca!


amanhã tudo pode mudar
e sem virgula pesar em pontuação não

quarta-feira, 23 de abril de 2008

a noite do terremoto

Depois desse por do so, dizem que a terra tremeu!


Aqui do Copan nada foi visto, nem sentido, tudo na mais perfeita paz

terça-feira, 22 de abril de 2008

sábado, 19 de abril de 2008

quinta-feira, 10 de abril de 2008

a cada dia

A cada dia me desconheço. Conquisto sonhos, durmo velhas vontades, acordo inexperientes pretensões. A cada dia me estranho amando um estranho. Estranhando um conhecido. A cada dia me descubro e encubro quem sou. A cada dia surpreendo, me assombro, me quebro, reorganizo as desorganizações da minha alma.

A cada dia provoco para o novo.

Quem fui ontem não sou mais, nem sei quem era. Agora sou outro e agora outro já.

Milhões de alter egos libertos, prontas pra serem quem eles vieram ser, como deve ser vivido, a cada dia.

sábado, 29 de março de 2008

Oração

Nossa Senhora da Diversão,

Tenha misericórdia da humanidade, que padece por não saber se divertir.
Oro e me compadeço dos reles tão mortais que não desfrutam de uma boa esbórnia.
Não importa como, nem porque, diversão é divino.

Rogo a Nossa Senhora, proteção aos amigos da minha laia e ao meu marido, fiel seguidor de vossa santidade.

Oro também à sempre presente Nossa Senhora Da Confusão, padroeira do caos, nunca nos falte e não permita que o tédio se aproxime.

E castigue com enfado e mornidão os maldizentes e depreciadores, desses deliciosos dons divinos.

Amém!

Quem aguenta aguenta , que não aguenta toma leite, e dorme cedo.

domingo, 16 de março de 2008

por que as pessoas ditas modernas se enfeiam?

as meninas ficam gordinhas e com cara de meninos, e os meninos magrelos com cara de meninas?

ei isso é legal?


pessoas feias ouvindo música ruim é moderno?

e isso não é nada contra emos, (que até agora não entendi direito o que é) muito menos um papo old school, coisa que não sou...

é só um pensamento que tive voltando pra casa ontem sábado aqui no centro de São Paulo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

me procurando

Consulto cartas e oráculos falhos para ter certeza do que nunca será claramente previsto, quem sou eu. Boêmia, percorro distancias enormes me equilibrando, quase sempre bêbada em saltos altíssimos, bambaleando por ruas que me explicam o que nunca entenderei. Um erro. Uma doença. Uma tentativa. Milhões de cus mandados tomar, tomados e dados. A falta de mim, por vezes torna minha vida insuportável. Gosto de sumir, de mergulhar na minha profunda e íntima solidão, que com seus monstros uivam situações vistas, vividas e as que nunca viverei. Gosto de estar certa, de ter razão, de foder. Falsamente agradável, sou prepotente e violenta. Demente inteligente, saca? Sofrida, curtida, bem comida. E assim as rimas me perseguem como imãs. Delas não me livro, somente na companhia de um bom livro. Bem lido. Sem caráter, choro pelo poema mal escrito, pela noite mal dormida, pelo ensaio de mais um amor perdido. Cocaína. Companhia. Me deixem só com minha solidão, da minha dor sei eu. Hedonista, maniqueísta. Não gosto de meio termo, não sei viver pela metade, gosto do que arde, do que queima, do vermelho, do meu riso convulsivo. Do ódio. Vivo pelo prazer e não meço conseqüências para atingi-lo, faço uso de substancias psicotrópicas, além de drogas ilegais, uso do sexo para seduzir e conseguir o quero, se necessário, eu invento, crio e minto, mas eu consigo.Sou um verme, vestido de São Jorge.Tendo para vícios. Meu carinho é violento, meu amor sedento. Meus pensamentos são permeados por tramas assassinas e orgias fantásticas, sou devassa, despudorada, libertina. Já me chamaram, irresponsável, incontrolável, irremediável, não reconheço valores e julgamentos e se precisar faço te foder. Sou dona de uma fina ironia, um cinismo surpreendente. Eu não tenho vergonha, culpa nem medo.
Eu vou pra cima, eu largo quando enjôo eu não perdôo.
E sim, eu bato em mulheres, crianças e velhinhas.
Senhora de bom gosto, fino trato, e coração de pedra.
Só me acalmo nos braços do meu calvo, lugar onde encontro paz, consolo, e esse tipo de sensações que outrora julguei banais.

Natalia Razuk.
estou sempre com alguém por perto,
misturada
mais do que desejo.
Pessoas me cercam, me procuram e procuram por minha companhia e colóquio
vivo cercada de gente
mesmo assim consigo ser uma pessoa só
talvez tenha desenvolvido esse dom para conservar-me lúcida
cultivo uma solidão tão profunda, íntima
tão preservada que ninguém jamais conseguirá toca-la
talvez nem eu
Mas eu a ouço
escuto os monstros dessa solidão uivando coisas vistas
vividas e
principalmente as que nunca viverei

sábado, 12 de janeiro de 2008

Gosto de ter razão
Gosto de estar certa
Ir ao ponto
Tocar o local onde dói
Machuca e eu cutuco sua ferida
Não desvie o assunto
Gosto de voltar ao ponto
Olhar no olho e dizer
Eu avisei

Gosto de foder
Do ato
Gosto da foda
Abrir minhas pernas e
Oferecer-te minha vagina quente longa e úmida
Gosto de te dar prazer
Gosto de dar
Receber seu sêmen como se fosse minha cota de proteína
De força
Olhar no olho e não dizer
Saber que foi bom
Pra mim
e
Pra você