Devoro-te com a formidável gula de um gordo e o desespero de um faminto etíope, com minhas garras, rubras agulhas que te agarrarão com a força e a volúpia de um desejo quase animal, visceral, desesperado. Fazer-me líquida pra ti, aquele liquido primal, que te lembrará um sabor de infância e inomináveis paladares, com uma malicia lasciva, pervertida, sem parcimônia, e um milhão de estranhos e fortes aromas que exalaríamos pela pele, poros, meu coro lambuzado de seus fluidos e um sem numero de desejos satisfeitos, vergonhas desfeitas, seremos perfeitos, semi-deuses antropófagos a se enrolar entre luxuria, preguiça e gula, e sabores mesclados impuros , azedos e doces, como em uma mágica e eterna experiência onde degustamos amor, sensações ludicidades, realidades mirabolantes, e uma prudência lunática me toma enquanto me toas nesse sono de vida doce e realidade devaniadas. Nossa vida e tanto amor pra ser vivido!
segunda-feira, 5 de maio de 2008
meu muso
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