segunda-feira, 19 de maio de 2008

um dia qualqer

Era sexta era a tarde era sol e frio era dia vadio
E começou como tudo sempre começa, cerveja em qualquer boteco caga sangue do meu amado centro velho da terra que outrora foi da garoa, eu e minha melhor companhia. E logo outro se uniu a nossa mesa.
E continuou como sempre continua, uma ligação rápida e um ilícito delivery.
E amanhã era dia de trabalho, hard fucking work, mas, bem remunerado trabalho.
Mas o ontem não acabou e se agregou ao amanhã, eu até tomei um banho e o resquício do delivery na corrente sanguínea me dizia que seria bom, ou que pelo menos conseguiria viver o hoje que ainda era ontem apesar de ser amanhã.
É claro que deu errado, sou eu com o organismo já cansado e entupido de química e com excesso de pouco sono, e cafonamente desmaiei, ainda com gosto de álcool na boca, garganta amarga e claro com o nariz entupido.

Perdi o trabalho, mas ganhei uma rebordosa inspiradora e angustias poéticas.



Agora o ontem acabará e decididamente acordarei amanhã, o rivotril chegou e me devolve o sono tirado.

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