terça-feira, 28 de agosto de 2007

da onde vejo


eu vejo pela minha janela

os carros voarem

você ir embora

o outro chegar

a vida mudar de cor

e sensações de coisas novas

de novos dias

de novos sabores

de próximos horrores

a maldição se aproxima com toda sua ferocidade

e nem anseio mais por sua volta

não é mais possível te ver daqui

você escapou

saiu pela porta enquanto eu cuidava da janela

foi se meu lirismo e egoismo



eu não saio daqui prefiro a vida pela minha janela

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