segunda-feira, 2 de março de 2009

e como são as coisas para ela, tudo regrado, a sina foi sendo cumprida, a longa, exaustiva e doente irritação - capaz de faze-la chorar de ódio na Avenida Ipiranga quando um sujo, doente e abandonado cão, latiu olhando para ela - seguida de uma apatia tão brutal e devastadora que nada parecia ter importância, nada valia a pena. era tudo cansaço, vazio e solidão. um gelo na alma. inverno cortante. a sibéria.

tudo isso decorreu após aquela maldita noite. a noite em que Julie viu sua vida desmoronar. mas nada, absolutamente nada havia acontecido.


ainda.

tudo e nada, palavras absolutamente necessárias quando se trata dela. da sua vida ordinária.

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