segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

me procurando

Consulto cartas e oráculos falhos para ter certeza do que nunca será claramente previsto, quem sou eu. Boêmia, percorro distancias enormes me equilibrando, quase sempre bêbada em saltos altíssimos, bambaleando por ruas que me explicam o que nunca entenderei. Um erro. Uma doença. Uma tentativa. Milhões de cus mandados tomar, tomados e dados. A falta de mim, por vezes torna minha vida insuportável. Gosto de sumir, de mergulhar na minha profunda e íntima solidão, que com seus monstros uivam situações vistas, vividas e as que nunca viverei. Gosto de estar certa, de ter razão, de foder. Falsamente agradável, sou prepotente e violenta. Demente inteligente, saca? Sofrida, curtida, bem comida. E assim as rimas me perseguem como imãs. Delas não me livro, somente na companhia de um bom livro. Bem lido. Sem caráter, choro pelo poema mal escrito, pela noite mal dormida, pelo ensaio de mais um amor perdido. Cocaína. Companhia. Me deixem só com minha solidão, da minha dor sei eu. Hedonista, maniqueísta. Não gosto de meio termo, não sei viver pela metade, gosto do que arde, do que queima, do vermelho, do meu riso convulsivo. Do ódio. Vivo pelo prazer e não meço conseqüências para atingi-lo, faço uso de substancias psicotrópicas, além de drogas ilegais, uso do sexo para seduzir e conseguir o quero, se necessário, eu invento, crio e minto, mas eu consigo.Sou um verme, vestido de São Jorge.Tendo para vícios. Meu carinho é violento, meu amor sedento. Meus pensamentos são permeados por tramas assassinas e orgias fantásticas, sou devassa, despudorada, libertina. Já me chamaram, irresponsável, incontrolável, irremediável, não reconheço valores e julgamentos e se precisar faço te foder. Sou dona de uma fina ironia, um cinismo surpreendente. Eu não tenho vergonha, culpa nem medo.
Eu vou pra cima, eu largo quando enjôo eu não perdôo.
E sim, eu bato em mulheres, crianças e velhinhas.
Senhora de bom gosto, fino trato, e coração de pedra.
Só me acalmo nos braços do meu calvo, lugar onde encontro paz, consolo, e esse tipo de sensações que outrora julguei banais.

Natalia Razuk.

2 comentários:

Aline Najar disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
livia disse...

atualiza qüando puder...amei seu blog,seu estilo de escritora maldita me encantou!Também tenho um blog, caso queria visitar:
http://www.rebelrebel.blogger.com.br