Consulto cartas e oráculos falhos para ter certeza do que nunca será claramente previsto, quem sou eu. Boêmia, percorro distancias enormes me equilibrando, quase sempre bêbada em saltos altíssimos, bambaleando por ruas que me explicam o que nunca entenderei. Um erro. Uma doença. Uma tentativa. Milhões de cus mandados tomar, tomados e dados. A falta de mim, por vezes torna minha vida insuportável. Gosto de sumir, de mergulhar na minha profunda e íntima solidão, que com seus monstros uivam situações vistas, vividas e as que nunca viverei. Gosto de estar certa, de ter razão, de foder. Falsamente agradável, sou prepotente e violenta. Demente inteligente, saca? Sofrida, curtida, bem comida. E assim as rimas me perseguem como imãs. Delas não me livro, somente na companhia de um bom livro. Bem lido. Sem caráter, choro pelo poema mal escrito, pela noite mal dormida, pelo ensaio de mais um amor perdido. Cocaína. Companhia. Me deixem só com minha solidão, da minha dor sei eu. Hedonista, maniqueísta. Não gosto de meio termo, não sei viver pela metade, gosto do que arde, do que queima, do vermelho, do meu riso convulsivo. Do ódio. Vivo pelo prazer e não meço conseqüências para atingi-lo, faço uso de substancias psicotrópicas, além de drogas ilegais, uso do sexo para seduzir e conseguir o quero, se necessário, eu invento, crio e minto, mas eu consigo.Sou um verme, vestido de São Jorge.Tendo para vícios. Meu carinho é violento, meu amor sedento. Meus pensamentos são permeados por tramas assassinas e orgias fantásticas, sou devassa, despudorada, libertina. Já me chamaram, irresponsável, incontrolável, irremediável, não reconheço valores e julgamentos e se precisar faço te foder. Sou dona de uma fina ironia, um cinismo surpreendente. Eu não tenho vergonha, culpa nem medo.
Eu vou pra cima, eu largo quando enjôo eu não perdôo.
E sim, eu bato em mulheres, crianças e velhinhas.
Senhora de bom gosto, fino trato, e coração de pedra.
Só me acalmo nos braços do meu calvo, lugar onde encontro paz, consolo, e esse tipo de sensações que outrora julguei banais.
Natalia Razuk.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
estou sempre com alguém por perto,
misturada
mais do que desejo.
Pessoas me cercam, me procuram e procuram por minha companhia e colóquio
vivo cercada de gente
mesmo assim consigo ser uma pessoa só
talvez tenha desenvolvido esse dom para conservar-me lúcida
cultivo uma solidão tão profunda, íntima
tão preservada que ninguém jamais conseguirá toca-la
talvez nem eu
Mas eu a ouço
escuto os monstros dessa solidão uivando coisas vistas
vividas e
principalmente as que nunca viverei
misturada
mais do que desejo.
Pessoas me cercam, me procuram e procuram por minha companhia e colóquio
vivo cercada de gente
mesmo assim consigo ser uma pessoa só
talvez tenha desenvolvido esse dom para conservar-me lúcida
cultivo uma solidão tão profunda, íntima
tão preservada que ninguém jamais conseguirá toca-la
talvez nem eu
Mas eu a ouço
escuto os monstros dessa solidão uivando coisas vistas
vividas e
principalmente as que nunca viverei
sábado, 12 de janeiro de 2008
Gosto de ter razão
Gosto de estar certa
Ir ao ponto
Tocar o local onde dói
Machuca e eu cutuco sua ferida
Não desvie o assunto
Gosto de voltar ao ponto
Olhar no olho e dizer
Eu avisei
Gosto de foder
Do ato
Gosto da foda
Abrir minhas pernas e
Oferecer-te minha vagina quente longa e úmida
Gosto de te dar prazer
Gosto de dar
Receber seu sêmen como se fosse minha cota de proteína
De força
Olhar no olho e não dizer
Saber que foi bom
Pra mim
e
Pra você
Gosto de estar certa
Ir ao ponto
Tocar o local onde dói
Machuca e eu cutuco sua ferida
Não desvie o assunto
Gosto de voltar ao ponto
Olhar no olho e dizer
Eu avisei
Gosto de foder
Do ato
Gosto da foda
Abrir minhas pernas e
Oferecer-te minha vagina quente longa e úmida
Gosto de te dar prazer
Gosto de dar
Receber seu sêmen como se fosse minha cota de proteína
De força
Olhar no olho e não dizer
Saber que foi bom
Pra mim
e
Pra você
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