domingo, 30 de setembro de 2007

dor

e mais uma vez a gente brigou
a mesma merda de sempre
álcool
cocaína
e eu quis te matar
você me empurrou

bati e porra da minha cabeça no armário
eu não lembro, caralho
eu não posso bater a porra da minha cabeça
e agora não estou falando de tormentos e sim porque eu sei que você sabe
embora a gente insista em fingir que nada acontece
que eu vivo com uma bomba relógio dentro do caralho da minha cabeça
acordei com dor
uma dor enorme
isso foi ontem de manhã
final da balada
a tal das noites intransponíveis
enfim só ultrapassamos quando você me jogou no armário
tenho dor
e medo agora
você dorme
mas eu sei que não é descaso
é fuga

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